01 janeiro 2007

SÉRGIO CABRAL É EMPOSSADO E PEDE MINUTO DE SILÊNCIO POR VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA


Na foto de Fabiano Menezes, Na mesa (esq para dir), presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), procurador-geral da Justiça, Marfan Martins, o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sérgio Cavalieri e, do STJ, o ministro Luiz Fux

O presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), deu posse, nesta segunda-feira (1º/01), ao governador Sérgio Cabral Filho e a seu vice, Luiz Fernando Pezão. Em seu primeiro discurso após ser empossado, Cabral anunciou que dará resposta aos "facínoras e covardes" que realizaram ataques à população e aos policiais nos últimos dias do ano. "Nosso Governo não vai se intimidar para garantir a tranqüilidade e a segurança do povo", afirmou o governador, que pediu um minuto de silêncio em respeito às vítimas dos ataques.

Antes de dar posse ao novo governador, Picciani lembrou da passagem de Cabral pela presidência da Alerj. "Há 16 anos, quando me elegi pela primeira vez deputado estadual, conheci Sérgio Cabral. Era um jovem deputado que já trazia em si essa estrela que o diferencia com tanta clareza dos demais. Ele foi responsável por mudanças que, sem nenhuma margem de dúvida, transformaram para muito melhor o parlamento fluminense. Juntos, acabamos com privilégios antigos, como a aposentadoria de deputados, o pagamento de jetons, a remuneração extra nas convocações extraordinárias e os altos salários pagos a servidores, que chocavam a opinião pública", lembrou Picciani.

A segurança pública não foi a única área de Governo citada por Cabral. "Além de garantir a ordem pública prestigiando os bons policiais, vamos prestar serviços públicos de qualidade", afirmou. Ele também falou sobre a relação entre os três Poderes. "Nossa Justiça é ágil e inteligente, e tenho certeza que minhas mensagens enviadas ao Legislativo serão aprimoradas pelos parlamentares", disse, antes de lembrar a importância dos prefeitos: "As pessoas vivem em cidades, por isso temos que governar em parceria com os municípios". Cabral, no entanto, não deixou de falar sobre a relação que pretende estabelecer com o Governo federal. "Esta parceria é especialmente importante para um estado como o Rio de Janeiro, que tem a maior quantidade de universidades do País. Além disso, temos as sedes de Furnas, do BNDES e da Petrobras, e o maior efetivo das Forças Armadas", enumerou.

CERIMÔNIA

Ao chegar ao Palácio Tiradentes, Cabral foi recebido pelo chefe de gabinete da presidência da Casa, Aloysio Neves, que ocupou o mesmo cargo durante os oito anos em que o novo governador presidiu a Assembléia. Cabral subiu a escadaria por um tapete vermelho e por um corredor formado pela guarda de honra da Academia Militar Dom João VI, da Polícia Militar. No alto da escadaria, foi recepcionado pelo presidente Jorge Picciani e sua mulher, Márcia. Em seguida, dirigiu-se à sala da presidência da Casa, de onde saiu, acompanhado de Pezão, para entrar no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, conduzido pelo chefe de gabinete. A entrada se deu pela porta principal, onde começa o corredor central que corta o plenário. Ao entrar, Cabral foi recebido por todos os convidados de pé, com uma longa salva de palmas. O governador caminhou até a frente do plenário, onde encontrou-se com os líderes partidários da Casa, que o conduziram à Mesa de Honra.

A cerimônia, que começou às 10h40, teve a mesa composta por Picciani, Cabral, Pezão, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Eusébio Oscar Scheid, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sérgio Cavalieri, o ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça, e o procurador-geral da Justiça, Marfan Martins Vieira. Além de Cabral, apenas Picciani se manifestou. Na despedida, o governador deixou o Palácio Tiradentes (sede da Alerj) ao som do exórdio, que é um toque de corneta especial para governadores e para o presidente da República. Enquanto isso, na rua, a população cantava "Sérgio Cabral, contamos com você".

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