Conforme poderão ler abaixo, esta semana, na Assembléia Legislativa, o deputado
Samuquinha (PR) fez um discurso contundente sobre o Escândalo do Boi
Bom.
DEPUTADO SAMUQUINHA – Sr. Presidente, ilustre colegas, assumo
esta tribuna hoje para fazer graves acusações, acusações essas que vão
fazer o esquema da Locanty, da Toesa, do Bella Vista e da Rufolo ficha
pequena; acusações essas que vão fazer do Sr. Carlos Cachoeira, que vem
inundando literalmente o Congresso Nacional de escândalos, um homem de
maldade pueril.
Senão, vejamos: no dia 12 de maio, do ano passado, o Ministério
Público Estadual de Campos dos Goytacazes deflagrou uma operação na sede
do frigorífico conhecido como Boi Bom. Quero que V.Exa., Sr.
Presidente, não se esqueça desse nome, Boi Bom, situado no Município de
Cabo Frio, visando apurar o uso indevido da marca. O que parecia ser só
isso, o que já se constituía em um caso grave, não era só isso, não, Sr.
Presidente.
Pois bem, o que ninguém imaginava, muito menos os promotores da
Gaeco, que é um grupo de atuação especial de combate ao crime organizado
do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, era que naquele dia
estava sendo desvendado o maior esquema de corrupção da história do
interior do Estado do Rio de Janeiro, com a prática cotidiana de
diversos crimes, dentre eles: sonegação fiscal federal e estadual,
estelionato, falsidade ideológica, formação de quadrilha, montagem de
empresas laranjas, corrupção político-eleitoral em diversas prefeituras:
Cabo Frio, Búzios, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Três Rios,
Angra dos Reis e muitas outras. Tudo chefiado pelo Sr. Hugo Cecílio de
Carvalho.
O Sr. Hugo usava a sede do frigorífico como fachada para a prática
dos mais diversos crimes, em conluio com os prefeitos dessas cidades,
com destaque para o esquema de troca de cheques e distribuição de
dinheiro para políticos. Além de licitações fraudadas, praticava ainda
agiotagem na troca dos cheques, cobrando juros extorsivos. Também
esquentava o dinheiro oriundo da propina para fiscais da receita
Estadual, o que é muito grave, Sr. Presidente e caros e nobres colegas
Deputados.
O Sr. Farah, chefe da fiscalização da Receita estadual de Cabo Frio,
que vem a ser o pai do prefeito Vinícius Farah, do município de Três
Rios, cobrava dos comerciantes locais, propinas em troca da não
fiscalização. Trocava todos os cheques que recebia no achaque no
Frigorífico Boi Bom, com o Sr. Hugo. Esse esquema incluía também um
auditor da Receita Federal (estamos falando de evasão de receita
estadual e de evasão de receita federal), que vem a ser cunhado do irmão
do prefeito de Cabo Frio, Sr. Marquinho Mendes.
Sr. Presidente, tudo isso está registrado na agenda pessoal do Sr.
Hugo Cecílio de Carvalho, com sua própria letra, à qual foi apreendida
pelo Ministério Público. Podemos afirmar que aquilo não é uma agenda e
sim um verdadeiro “diário do crime”, pois ali ele anotava passo a passo,
Sr. Presidente, os crimes praticados. É o registro do dia a dia de um
criminoso.
Para que os senhores e senhoras tenham uma ideia, nessa agenda o Sr.
Hugo anotava, do próprio punho, quanto de dinheiro ele tinha acertado
com fiscais da receita Federal, da receita Estadual e com os prefeitos
de Cabo Frio, de Búzios, de Arraial do Cabo, de São Pedro da Aldeia, de
Angra dos Reis e de Três Rios e, ainda, vereadores. Anotava, também,
roteiro de como seriam as licitações fraudadas; como seria sua
participação, Sr. Presidente, nos contratos de aluguel de ambulâncias
com essas prefeituras. Inclusive, foram fotografadas, no pátio do
frigorífico, diversas ambulâncias com a logomarca da prefeitura de Cabo
Frio, antes mesmo de ser publicado o edital para licitação do aluguel de
ambulâncias. É, verdadeiramente, o maior esquema de corrupção da
história do interior do Estado do Rio de Janeiro.
Sr. Presidente, a verdade é que o Ministério Público, ao realizar
essa operação, acabou descobrindo que no interior existe uma verdadeira
organização criminosa chefiada por esse sujeito, o Sr. Hugo, que já foi
secretário de Administração da prefeitura de Cabo Frio; presidente do
PMDB do município de Cabo Frio e que criava diversas empresas em nome de
funcionários humildes para figurarem como seus laranjas; para funcionar
dentro da sede do Frigorífico Boi Bom. Cito, por exemplo, as empresas
Maiara, MJ Lagos, Mindouro e Maroti, que nunca recolheram um só centavo
de imposto, Sr. Presidente. Ele mantinha funcionando todas essas
empresas dando dinheiro a fiscais de renda.
Só para termos uma ideia, uma dessas empresas, a Mindouro, já tem
contra si lavrado um auto de aproximadamente R$22 milhões. Essa multa
recaiu sobre uma humilde funcionária que participa do telemarketing
dessa empresa. Ela nada mais é do que uma das laranjas usadas pelo Sr.
Hugo. Esses funcionários, Sr. Presidente, prestaram depoimento perante o
Ministério Público estadual e revelaram como funcionava todo o esquema.
Alguns, com medo de represália, preferem o silêncio.
Mas, como toda organização criminosa, há sempre aquele que auxilia a
parte financeira e contábil, e nisto o Sr. Hugo foi, mais uma vez,
eficiente, ao contratar os serviços de um contador criminoso,
proprietário do escritório de contabilidade chamado S/A Organizações
Excelsior, infelizmente, localizado na minha cidade, Duque de Caxias.
O Sr. Luiz Felipe da Conceição Rodrigues é velho conhecido das
Justiças federal e estadual por ostentar diversas condenações por
lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, sonegação fiscal, venda de
notas fiscais, estelionato, etc., tendo, inclusive, sido matéria, Sr.
Presidente, da revista Veja e do jornal Estado de São Paulo. Ou seja, o
Sr. Luiz Felipe, com suas condenações, verdadeiramente passeia pelo
Código Penal e agora, mais uma vez, é réu, junto com o Sr. Hugo Cecílio.
Sr. Presidente, para se ter uma ideia, até estudo para criação de
uma empresa em paraíso fiscal com objetivo de blindar seus bens, o Sr.
Hugo encomendou a este seu contador e atual advogado, Luiz Felipe da
Conceição Rodrigues.
Tudo o que estou dizendo, Sr. Presidente, é de chocar, não está
sendo denunciado por mim nesta Casa, estou apenas retratando, repetindo o
que o Ministério Público estadual constatou.
O jornal O Globo, em sua edição de domingo, dia 25 de março último,
notificou tudo isso com o título “MP investiga esquema de fraudes no
interior”.
Sr. Presidente, para terminar, quero chamar a atenção do Secretário
estadual de Fazenda do Estado, Dr. Renato Villela, para quem estarei
enviando ofício solicitando providências, como Vice-Presidente da
Comissão da Transparência, do Procurador Geral de Justiça do Estado, Dr.
Cláudio Lopes, e do Presidente do Tribunal de Justiça, Dr. Manoel
Rebelo, para que possam tomar providências. A Secretaria de Fazenda tem
obrigação de investigar os fiscais de renda envolvidos; o Procurador
Geral de Justiça precisa procura saber por qual razão o Ministério
Público de Cabo Frio permanece inerte; e o Presidente do Tribunal de
Justiça do Estado precisa cobrar, urgentemente, agilidade no julgamento
das ações envolvendo toda essa organização criminosa que tramitam na
comarca do Cabo Frio.
Darei um aparte ao nobre Deputado Janio Mendes.
DEPUTADO JANIO MENDES – Deputado, V.Exa. traz à tribuna desta
Casa Legislativa, nesta tarde, um tema que tem tomado conta das rodas
políticas da Cidade de Cabo Frio e Região dos Lagos.
De fato, esses procedimentos o Ministério Público e o Sr. Cláudio
Duarte atirou no que viu e acertou no que não viu. Atirou numa disputa
particular numa sociedade e atirou num monstruoso crime de sonegação
fiscal, corrupção ativa e passiva, caixa 2, serviços de agiotagem e
outros.
Os Ministérios Públicos de Campos e de Cabo Frio estão de posse dos
documentos apreendidos numa ação de busca e apreensão autorizada pela
Justiça e nós queremos acreditar que, em breve, a Justiça dê uma
resposta. É o que aguarda a sociedade de Cabo Frio, é o que aguardamos
todos nós.
Queria, apenas, fazer um reparo ao pronunciamento de V.Exa., porque
quando falamos de Prefeitos de Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, São
Pedro, quando falamos de Deputados, de Vereadores, nós precisamos citar
nomes. E nesta agenda, nesta lista, há os nomes dos envolvidos, porque
jogar na vala dos comuns acaba respingando em todos.
De fato, não nos cabe a carapuça, mas nos cabe e nos responsabiliza o
interesse público de dar nomes. A lista é extensa e precisa ser
conhecida para que não venhamos a cometer injustiça, até porque nós já
estamos assistindo, em alguns setores da política nacional, a utilização
desse episódio para alcançarem-se objetivos políticos, excluindo alguns
nomes ligados a grupos políticos do PR, por exemplo. Então, nós
precisamos colocar luz em todo o episódio, dando, como sugere o nome da
empresa, nome aos bois, mas marcando todos os bois, para que não se
perca um só nesse rebanho.
DEPUTADO SAMUQUINHA – Assumo com V. Exa. o compromisso de, na
próxima oportunidade, Sr. Presidente, dentre em breve, trazer todos os
nomes. Lembro ao ilustre orador que me aparteou que eu não falei o nome
de nenhum Deputado nem citei tal cargo eletivo.
Concedo um aparte ao Deputado Luiz Paulo.
DEPUTADO LUIZ PAULO – Deputado Samuquinha, parabenizo V. Exa. por ter trazido este tema a plenário.
Eu falava aqui com a Deputada Janira Rocha que desconhecia a
profundidade dessa denúncia. Essa denúncia que o senhor detalha, que já
está sendo investigada pelo Ministério Público, mostra os diversos
níveis de competência que a Assembleia Legislativa pode usar. V. Exa.
citou, por exemplo, a Comissão da Transparência e eu cito a Comissão que
presido, de Fiscalização dos Tributos Estaduais, porque aí há evasão
fiscal e o senhor citou o nome de um auditor fiscal de Cabo Frio,
subordinado à Secretaria de Fazenda.
Louvo a denúncia que V. Exa. Vou, amanhã, ver no Diário Oficial a
íntegra do seu depoimento. V. Exa. começou falando em cachoeiras, mas a
denúncia de V. Exa., na verdade, trata-se de rios, cachoeiras e cascatas
de corrupção.
DEPUTADO SAMUQUINHA – Sr. Presidente, encerro dizendo que de bom esse boi não tem nada. Na verdade, é um boi bandido.
Muito obrigado.
Fonte: BlogdoGarotinho.com.br
12 abril 2012
Inaugura hoje em Volta Redonda a nova fábrica do Grupo Trigo
A nova
fábrica do Grupo Trigo – Spoleto, Domino’s Pizza e Koni Store – vai ocupar
uma área de 20 mil metros quadrados, em Volta Redonda. Com a mudança, a capacidade
de produção atual será triplicada em relação à antiga e chegará a 1,5 tonelada
de massas, gnocchi, lasanha e molhos. A fábrica gera cerca de 160 empregos
diretos.
DENÚNCIAS CONTRA A UNIRIO
CFM pedirá ajuda do MPF para
apurar fraudes
O Conselho Federal de Medicina (CFM) acionará o Ministério Público Federal
(MPF) a fim de que sejam tomadas as medidas administrativas e judiciais
cabíveis voltadas à apuração de suposta fraude na Escola de Medicina e Cirurgia
(EMC) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). As
denúncias foram feitas pela imprensa em 9 de abril, e apontam que cinco alunos
usariam irregularmente números de matrículas canceladas para ingressar no
curso.“Um aluno que entra na faculdade desta forma demonstra falta de caráter e assim não poderá ser um bom médico. Temos que evitar este tipo de horror moral que vem acontecendo na sociedade brasileira”, apontou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.
A entidade está preocupada com fraudes em vestibulares nas escolas de Medicina do país. O CFM também se colocará à disposição do Ministério da Educação (MEC) para esclarecer se as mesmas irregularidades ocorrem em outras escolas. “Nossa preocupação que fraudes como esta esteja acontecendo em outras das 185 escolas de medicina do país”, justificou d’Avila.
Assessoria de Imprensa do CFM
(61) 3445-5940
Henrique Nora é reeleito presidente da FIRJAN na região
O empresário Henrique
Antônio Nora Oliveira Lima foi reeleito nesta terça-feira (10), por
unanimidade, presidente do Conselho Empresarial do Sistema FIRJAN no Sul
Fluminense. A eleição aconteceu durante a reunião mensal dos membros do
Conselho, que também votaram pela permanência de Edvaldo Xavier de Carvalho na
vice-presidência.
Presidente da Representação
Regional da FIRJAN desde 1996, Nora vem trabalhando pelo avanço do Sul
Fluminense junto a outros representantes da indústria, através de ações que
fomentam a competitividade empresarial. “Quando me tornei presidente a proposta
era colocarmos a FIRJAN na rua, mostrar o trabalho do nosso Sistema para a
indústria, o que hoje já está feito. Agora, queremos dar continuidade ao
trabalho em prol do desenvolvimento da nossa região”, disse.
Sobre a FIRJAN - A Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro é a mais antiga entidade empresarial do Brasil, com origem em
1827. Hoje reúne mais de 105 sindicatos industriais de todo o estado e possui
cerca de 9 mil empresas associadas. Tem a missão de promover a competitividade
empresarial, a educação e a qualidade de vida do trabalhador e da sociedade,
contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Rio de Janeiro. Para isso,
conta com 60 unidades em todo o estado e no Distrito Federal. O Sistema FIRJAN
é formado por cinco entidades sem fins lucrativos, que trabalham de forma
integrada: a própria FIRJAN, o SESI, o SENAI, o CIRJ e o IEL.
Foto :
Bruna DinizJustiça censura jornal de Saquarema que mostra a verdade
Reprodução do blog Hora Agá, de Saquarema |
O presidente da ALERJ, Paulo Melo (PMDB), o Paulo Maria Mole, está com medo de perder o “reinado” na sua cidade Saquarema, onde sua mulher, Franciane Mota, a Dona Fran faz uma administração desastrosa como prefeita. O povo de Saquarema não agüenta mais os desmandos de Paulo Melo. O jornal Hora Agá, de Saquarema, além do seu blog na internet vêm mostrando as maracutaias feitas na cidade pela turma de Paulo Melo.
Por isso o PMDB de Saquarema foi à Justiça para calar a verdade. É um absurdo o que estamos vendo, o meu blog já teve uma matéria censurada, mas conseguimos reverter a decisão. A turma do PMDB gosta de comprar a imprensa. Como não pode fazer o mesmo com todos os blogs e sites, agora quer impor a censura através de decisões judiciais que vão contra a liberdade de imprensa. Minha solidariedade aos responsáveis pelo Hora Agá. Contem com o nosso blog para divulgar o que for necessário.
Fonte:http://www.blogdogarotinho.com.br
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