As dificuldades enfrentadas pelos policiais militares na difícil tarefa de defender a população fluminense foram os pontos enfatizados pelos deputados Coronel Jairo (PSC) e Domingos Brazão (PMDB) durante a comemoração dos 199 anos de criação da Polícia Militar do Estado do Rio (PMERJ), nesta segunda-feira (19/05), no Plenário Barbosa Sobrinho Lima da Assembléia Legislativa do Rio. Os deputados, que dividiram a tarefa de presidir a sessão solene, entregaram ao comandante-geral da PM, coronel Gilson Pitta Lopes, a mais importante honraria concedida pelo Legislativo fluminense, a Medalha Tiradentes, além de uma placa alusiva ao 199º aniversário do órgão, e outra pelos relevantes serviços prestados à população, formalizando o reconhecimento do Poder Legislativo à história da Polícia Militar. "É um estímulo para nossos policiais serem homenageados por cuidar de um estado como o Rio, o que requer muita devoção. Nós, enquanto parlamentares, temos o dever de incentivar esses profissionais para que eles possam se sentir reconhecidos por esta Casa e pela sociedade", afirmou Brazão.
"Fazer 199 anos não é fácil. Com toda a dificuldade, essa profissão exige dedicação exclusiva, e essa luta não é compensada com dignidade. Esta instância bicentenária talvez seja a mais injustiçada do cenário brasileiro, e a Polícia Militar já demonstrou o quanto é importante para a vida da cidade do Rio de Janeiro. Quero cumprimentar vós que têm levado com dignidade a execução da missão que confiaram", declarou Coronel Jairo. Como forma de agradecimento, o comandante-geral entregou a cada um dos deputados uma placa da PM. Em seu discurso, Gilson Pitta reforçou a importância da Polícia Militar estar sendo homenageada por uma Casa Legislativa. "Para nós, policiais militares, é uma honra sermos reconhecidos no ano em que a nossa corporação completa 199 anos, sobretudo nesta também histórica Casa de Leis. Isto é motivo de júbilo e nos deixa extremamente honrados", comemorou.
O deputado Iranildo Campos (PTB) falou da importância da polícia para o estado do Rio e afirmou que as autoridades precisam se preocupar mais com a forma como esses profissionais estão sendo tratados. "Precisamos defender estes homens que lutam pela nossa sociedade e não têm seus esforços reconhecidos. Queremos melhores condições de trabalho e salários maiores para nossos policiais", discursou o parlamentar, que entregou uma placa ao coronel Antonio Carlos David, em homenagem ao trabalho prestado na Polícia. "É, para nós, muito importante e prazeroso receber desta Casa esta homenagem. Parabenizo todos os PMs pela forma madura que estamos conduzindo a corporação. As mazelas existem e a PM está tendo coragem de discutir e buscar soluções para cada uma delas, com esforço e apoio desta Casa", agradeceu Antonio Carlos.
O delegado federal Wanderley Martins, diretor da Interpol, garantiu que não existem diferenças entre os policiais. "Não importa se é policial civil, militar ou federal, temos o mesmo propósito que é lutar pela sociedade. A Polícia Militar me enche de orgulho, pois tem exercido seu trabalho de forma gloriosa", explicou. O tenente-coronel PM Mário Sérgio Duarte, representando o secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que a guerra constante no Rio de Janeiro exige muito mais dos policiais desta cidade. "Tenho orgulho em fazer parte dessa corporação e espero que ainda possamos ver nossa polícia brilhar e contribuir para o sucesso do nosso estado", disse. Também compôs a mesa o coronel PM Vanderlei de Almeida.
Os deputados Paulo Ramos (PDT) e Flávio Bolsonaro (PP) aproveitaram a oportunidade para reivindicar melhores salários para a polícia do Rio de Janeiro. "A polícia do Rio é acusada de ser a que mais mata, mas ninguém lembra que também é a que mais morre. Temos que dar maior valor a esses profissionais, e a melhor maneira de começar é aumentando o salário daqueles que oferecem sua vida pela proteção da nossa", lembrou Ramos. Bolsonaro destacou que a data comemorativa deve servir como momento de reflexão. "Tenho certeza que nosso PM do Rio é respeitado por todas as outras polícias militares de outros estados e até mesmo de outros países, em razão do trabalho que fazem aqui. Somente no Rio vemos a marginalidade portando armas tão perigosas, e ainda assim nossa polícia consegue, reprimindo, fazendo seu trabalho ostensivo, combater esses criminosos colocando em risco suas próprias vidas. Temos que fazer esse trabalho valer a pena para esses homens", encerrou
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