Sérgio Cabral recebeu comissão de prefeitos no Palácio Guanabara
Uma comissão de prefeitos entregou ao governador Sérgio Cabral nesta terça-feira, dia 5 de junho, abaixo-assinado de 35 municípios das regiões Norte, Noroeste e Sul Fluminense, entre eles Itaperuna, Campos, Barra Mansa e Resende, em defesa do projeto do Governo que modifica o zoneamento florestal do território e permite o surgimento de uma indústria de base florestal. Ela poderá abastecer com madeira segmentos da indústria e do comércio, gerando emprego e renda nas áreas de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O governador Sérgio Cabral agradeceu o apoio dos prefeitos e afirmou que a exploração econômica dessas florestas é um projeto de médio prazo. "Daqui a 10 anos estaremos comemorando os frutos. Quando a lei for aprovada, o setor industrial vai se organizar em torno desse fornecimento e criar novos pólos de geração de emprego", afirmou.
O secretário de Desenvolvimento do Rio, Júlio Bueno, implementou a mesma medida no Espírito Santo e disse que agora o Rio vai deixar de ter uma lei restritiva e competir em pé de igualdade não só com os capixabas, mas também com Minas Gerais e São Paulo. Ele lembrou que o Noroeste pode se beneficiar com a exportação da matéria-prima pelo Porto do Açu, que será construído em São João da Barra.
O vice-presidente da Firjan, Carlos Fernando Gross, ressaltou que a federação sempre apoiou o surgimento da indústria de base florestal: "A silvicultura econômica é uma das atividades mais rentáveis do agronegócio no Brasil e vem beneficiando agricultores, inclusive pequenos e médios, em diversas regiões brasileiras", afirmou.
O projeto de lei 383/2007 está em discussão na Assembléia Legislativa, com votação em breve. Se for aprovado, dará ao Rio condições de competir na produção e exportação de madeira, matéria-prima que é largamente utilizada na indústria moveleira, de construção civil, cerâmica, siderurgia, papel e celulose, e também na própria agricultura, em padarias e pizzarias.
O texto define critérios para o zoneamento dessas florestas, que podem ser plantadas com espécies como eucalipto, cedro australiano e seringueira, ao mesmo tempo em que respeita o Código Florestal Brasileiro, recupera as áreas de reserva legal - ao estabelecer contrapartidas de plantação de reservas de Mata Atlântica - e gera fontes de renda para os pequenos produtores.
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