06 junho 2007

FALANDO DE MEIO AMBIENTE

Diariamente, ao abrir meus olhos e contemplar toda a beleza à minha volta, sinto uma vontade imensa de compor um hino, um desejo incontido de cantar esse pacote harmônico que me permite sobreviver. Lembro-me daquele texto bíblico, muito expressivo, que fala sobre os lírios do campo: "... eles não trabalham nem fiam... porém, nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles".

Hoje – e sempre – minha fala é toda para o Meio Ambiente, reforçando a tese de que é necessário refletir e agir no sentido de minimizar os efeitos negativos do comportamento humano em relação à Natureza. É muito gratificante a gente ir somando as respostas positivas aos gritos que vêm ecoando em todos os continentes, numa proposta séria, verdadeira, em prol de um amanhã menos comprometido. É sinal de que nosso trabalho não tem sido em vão; é uma prova de que há esperança de se evitar o pior. Mais importante ainda é ver que, enfim, os povos começam a usar a receita que poderá livrá-los de maiores catástrofes.

Durante a semana, estaremos comemorando o Dia do Meio Ambiente. Mais uma vez, o Criador nos dá a honra de cuidarmos desse legado. Por sua graça e misericórdia, estamos vivos, plantando, colhendo, produzindo. Temos a Natureza, por inteiro, à nossa disposição. Isso é benção! E deve ser, também, um motivo a mais para continuarmos investindo em mudanças que levem a um crescimento qualitativo, numa visão menos egoísta de exploração dos recursos, garantindo às futuras gerações o bem mais precioso: a vida!

Com informações constantes, que nos mostram ao vivo e a cores as transformações ambientais pelo mundo afora, percebe-se que os alertas dados até agora estão fazendo efeito. Por exemplo, nunca se viu tanta gente preocupada com preservação. Será que beberam a poção mágica da conscientização? Ou, quem sabe, os sinais de cobrança da Mãe Natureza os levaram à razão? Qualquer que seja a resposta, a verdade é que a maioria das universidades já abraçou essa causa, incluindo em seus programas cursos paralelos, voltados para essa área. Isso prova que nossos gritos funcionam, têm retorno positivo. Graças a Deus!!!

Fala-se mais em Meio Ambiente, hoje, que em qualquer outra época. Anos atrás, durante uma palestra sobre o assunto, alguém questionou: "Bate-se tanto nesta tecla! Mas, afinal, o que é Meio Ambiente?". Percebendo sua dificuldade em entender a dimensão desse pacote, respondi que Meio Ambiente era ele, ali, naquele espaço, com tudo que o cercava; ou seja, a terra que ele pisava, o ar que respirava, o vento que o acariciava, o sol que o aquecia, a fauna e a flora que ele contemplava, etc... etc... etc... Se ele fosse ao dicionário, encontraria uma definição mais clássica. Talvez esta: "Meio Ambiente é o conjunto de condições naturais e de influências que atuam sobre os organismos vivos e os seres humanos". Eu, particularmente, prefiro as definições poéticas, como a que me veio à mente naquele exato momento.

Aproveito esse clima de comemoração, para cumprimentar Paty de Aferes, na sua liderança, pelos programas ambientais que vêm desenvolvendo. São medidas que merecem o nosso aplauso e admiração; são avanços que fazem a diferença na economia de toda a região. Refiro-me, especialmente, ao investimento feito na Usina de Reciclagem, voltado também para o tratamento de resíduos hospitalares, com o objetivo de evitar contaminação tanto no ambiente médico quanto na comunidade. Isso é crescer na direção certa! Parabéns!!! Espero, em breve, poder abraçá-los pessoalmente por mais essa conquista.

Num texto de Paulo Coelho, quando de sua visita ao mosteiro de Melk, na Áustria, vi que o Meio Ambiente também foi objeto de estudo, e esbarrei nesta frase: "... quanto mais mudamos no pequeno, mais o grande é transformado". Encerro esta crônica, deixando com vocês, leitores, esta porção literária para reflexão. Creio no milagre da transformação!

Por Ruth Vianna

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