20 março 2007

Traficantes da Mangueira fazem conexão com as Farc









Do Correio do Brasil.

Dos acampamentos de guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) direto para as bocas-de-fumo do Morro da Mangueira. Investigação da Polícia Federal brasileira indica que criminosos da comunidade ligada à facção Comando Vermelho (CV) e também da Favela do Jacarezinho negociam pessoalmente, e com regularidade, cargas de cocaína na fronteira entre os dois países, inclusive durante festas promovidas pelos guerrilheiros. Os 'emissários' cariocas do crime à região fronteiriça foram identificados como Negro, da Mangueira, e Sapo, do Jacarezinho.

A dupla faz parte do grupo de bandidos do CV investigado pela PF por fazer negócios com as Farc. São 18 os criminosos que viajam freqüentemente à região. O grupo está ocupando o espaço que já foi exclusivo de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, capturado há seis anos. A prisão do traficante, responsável pela distribuição de drogas na maior parte das favelas do Rio, foi em território colombiano.

Prova da presença dos traficantes cariocas nas cidades colombianas na fronteira com o Brasil é o depoimento de um brasileiro desertor das Farc.

No documento, Paulo Rafael dos Santos Júnior, 30 anos, que em 2005 passou nove meses refém de guerrilheiros num acampamento na Colômbia, afirma que durante festa, em acampamento no povoado de San Felipe, conheceu Sapo e Negro. Ele também conta que os dois foram à região para comprar cocaína e comentaram que - O negócio agora não é mais trocar tiro com a polícia - .

Em outro trecho do depoimento, Paulo Rafael informa que Sapo e Negro eram conhecidos dos homens que freqüentam a região e que chegaram a apresentá-lo a dois comandantes das Farc. O depoente afirma que chegou a ver sacos empilhados com uma tonelada de cocaína para envio ao Brasil.

Na Mangueira, a Polícia Civil apreendeu, em junho, 20 quilos de cocaína do tipo 'capa preta', vendida pelas Farc. O grau de pureza da droga a torna disputada pelos traficantes. - Ela tem 98% de pureza. Isso representa rentabilidade, já que os traficantes transformam uma tonelada em cinco, depois de misturarem com outras substâncias - explica o chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF do Rio, delegado Victor Santos.

Leia mais sobre o assunto no site:
http://correiodobrasil.cidadeinternet.com.br/noticia.asp?c=115973"

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