22 março 2007

Brizola Neto quer colocar fim às especulações sobre o PAN

Há 115 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-americanos e Parapan-americanos a organização do evento ainda enfrenta acusações de mal uso do dinheiro destinado para as obras. Visando colocar um fim nas especulações e debater abertamente sobre o tema, o deputado federal Brizola Neto –PDT/RJ realizou hoje (22/03), por meio de Requerimento, audiência pública com alguns dos principais dirigentes do evento.

Deste modo, estiveram presentes: o Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman; o Presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Severino Neto; o Secretário da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes; o Secretário-Geral do Comitê Organizador dos Jogos Pan-americanos Rio 2007 (CO-RIO), Carlos Roberto Osório; o Secretário Executivo do Comitê de Gestão das Ações Governamentais dos Jogos Pan 2007, Ricardo Leyser Gonçalves; e o Subsecretário da Secretaria Especial Rio 2007, Cláudio Versiani.

Durante a exposição Osório lembrou que o evento, que será realizado no Rio, segue padrões internacionais, o que validará todos os recordes que por ventura sejam quebrados durante os Jogos. "Semana que vem haverá mais uma visita internacional às instalações", lembra.

Mas o ponto forte da audiência se deu com a intervenção dos parlamentares questionando sobre os gastos. "Por que apesar dos jogos estarem marcados há cinco anos há tanto atraso nas obras, o que resulta em não realização de licitações?", foi a pergunta que iniciou o debate. Levantada por Brizola Neto, essa talvez tenha sido uma das mais relevantes indagações, visto que a organização está sendo freqüentemente acusada de realizar indiscriminadamente contrato por meio de "causa de urgência" (que dispensa licitação).

Porém, a resposta dada por Layser não surpreendeu, e continuou na mesma sintonia das que já haviam sido publicadas pela mídia. Ao afirmar que a utilização de causa de urgência está sendo utilizada prioritariamente para assuntos de Segurança Nacional, o Secretário Executivo de Gestão das Ações Governamentais do Pan não respondeu sobre as demais obras que não integram o orçamento destinado a segurança, como a construção da Vila Olímpica. "Será que o sr. saberia ao menos quantificar as obras que deveriam ser licitadas e estão acontecendo sem utilizar tal mecanismo?", insistiu Brizola Neto. "Não sei dizer quantas licitações deixaram de ocorrer, mas com certeza são menos de 10% do que estava previsto", ponderou Layser.

Ainda durante a audiência foram levantados o percentual de aumento que alguns setores tiveram que investir. O Governo Federal, por exemplo, teve sua participação elevada de 17,3% para 50,8% no financiamento do evento. Já o Governo do Estado cresceu de 4,3% para 14%.

Fonte: Assessoria de Imprensa.

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