13 janeiro 2007

SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DO RIO CORRE RISCO DE VIDA.

A Secretaria de Segurança Pública descobriu nesta sexta-feira um plano para matar o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes. O atentado estava sendo arquitetado por um grupo de pessoas insatisfeitas com mudanças efetuadas na área após a posse do novo governo.

De acordo com a SSP, o plano foi interceptado na quinta-feira. As investigações sobre o plano foram feitas com a ajuda de escutas telefônicas. "A partir deste momento, foram tomadas todas as medidas necessárias para a proteção do secretário e investigação da ameaça", diz uma nota da Secretaria divulgada neste sábado.

De acordo com as investigações do Serviço de Inteligência, o plano seria executado na última terça-feira, mas foi abortado porque ao cumprir sua agenda, Côrtes esteve acompanhado do comandante da Polícia Militar, coronel Ubiratan Angelo, e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

O plano teria sido então adiado para quinta-feira, quando foi frustrado pela Secretaria de Segurança. Por coincidência, Côrtes estava jantando com o novo Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, quando este último recebeu por telefone a informação sobre o plano. Côrtes permaneceu no local enquanto Beltrame acionava reforço policial para garantir a segurança do Secretário de Saúde.

A pedido do secretário de Beltrame, uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil, foi destacada para acompanhar Côrtes 24 horas por dia. "O secretário de Saúde não comentará o assunto, já que a investigação está sob o comando do serviço de inteligência da Secretaria de Segurança Pública", ressalta a SSP.

Côrtes sofre ameaças desde 2002

Esta não é a primeira vez que a atuação de Côrtes coloca sua vida em perigo. Quando assumiu a direção do Instituto de Traumato-Ortopedia (Into), do Ministério da Saúde, em 2002, ele ordenou auditorias em contratos de prestação de serviços e começou a sofrer ameaças de morte.

Em 2003, ele teve seu gabinete invadido. Com paletó e gravata, os criminosos simularam uma cena de enforcamento. No mesmo ano, houve duas suspeitas de bomba no Into. E, em 2004, um tiro atingiu vidro do carro do médico quando ele passava em frente à Favela do Sabão, Niterói, mas ele disse que era uma bala perdida.

Tentativa de intimidação contra diretores do HGV

Desde que foram nomeados, no dia 4, os novos diretores geral e administrativo do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Carlos Alberto Chaves e Paulo Almeida, também tem sofrido tentativas de intimidação. A direção abriu leitos, tirou pacientes dos corredores da Emergência, tem cobrado atendimento digno e está fazendo levantamento para identificar “funcionários fantasmas”.

Fonte: O Dia On... www.odia.com.br

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