03 abril 2012

Agricultura fluminense se prepara para a RIO+20

Programa Rio Rural contribui para os compromissos do estado com o desenvolvimento sustentável

De 20 a 22 de junho, o Rio de Janeiro receberá chefes de Estado de todo o mundo, lideranças de organizações não governamentais e empresariais, para discutir e estabelecer políticas de desenvolvimento sustentável. Vinte anos após a Rio-92, histórica conferência sobre desenvolvimento e meio ambiente, pela primeira vez, no âmbito estadual, a Agricultura é também protagonista no processo de transição para uma economia verde.

A expectativa é que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, seja um novo marco no enfrentamento dos desafios socioeconômicos e ambientais do planeta. Através de ações inovadoras e práticas sustentáveis o programa Rio Rural, da secretaria estadual de Agricultura já atua para garantir o bem estar das gerações de hoje e do futuro.

Articulado com parceiros do setor público, privado e do terceiro setor (ONGs parceiras), a Agricultura participa das estratégias do governo fluminense para a Rio+20. De acordo com o secretário da pasta, Christino Áureo, o programa do Rio de Janeiro é hoje referência entre as iniciativas apoiadas pelo Banco Mundial no setor.

- O Rio Rural é reconhecido no Brasil e internacionalmente como modelo bem sucedido, modificando a relação do homem com o ambiente, em benefício do desenvolvimento sustentável. Suas ações demonstram que é possível harmonizar a produção de alimentos com a preservação ambiental - afirmou.

Com recursos financiados pelo Banco Mundial e contrapartidas do governo estadual, o programa investirá até 2018 o total de US$ 247 milhões para o desenvolvimento limpo da agricultura.

- Os produtores participantes estão se fortalecendo cada vez mais e já adotam, com incentivos e assistência técnica, práticas não poluentes de cultivo e manejo sustentável dos recursos naturais. Assim, garantem a melhoria de suas condições de vida, produção de alimentos mais saudáveis e preservação do ambiente, contribuindo para mitigar os efeitos nocivos das mudanças climáticas - explicou Christino Áureo.

Entre as técnicas apoiadas estão os sistemas agroflorestais, cultivos agroecológicos e orgânicos, proteção de nascentes, recuperação e conservação de matas ciliares e fragmentos florestais. Esses e outros projetos ajudam a gerar renda, preservar os recursos naturais e sequestrar CO2 da atmosfera. O Rio Rural atua também através de ações de infraestrutura, fortalecimento das organizações comunitárias e capacitação dos atores locais, regionais e estaduais, visando a adaptação das populações rurais às mudanças do clima.

Rio+20 e as ações do Rio Rural

Economia Verde - Incentivo a práticas agropecuárias de baixo impacto ambiental, liberando áreas de Mata Atlântica para restauração e regeneração

Infraestrutura e saneamento - Investimento em recuperação de estradas vicinais, construção de fossas sépticas e pequenas estações de tratamento de esgoto em comunidades rurais. Com recursos do BIRD, 5.300 fossas sépticas já começaram a ser instaladas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das famílias e evitando a contaminação de rios e córregos. Através do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano – Fecam, está prevista também a construção de estações de tratamento em 45 comunidades do Norte e Noroeste Fluminense, que atenderão 7.124 famílias. Em estradas, equipamentos e ações de infraestrutura rural, o programa já investiu R$ 19,6 milhões.

Proteção de nascentes - O Rio Rural fará a proteção de 2016 nascentes em propriedades rurais até as Olimpíadas do Rio. Com incentivos financeiros diretos, assistência técnica e conscientização ambiental, a campanha “Água Limpa para o Rio Olímpico” contribui para garantir a disponibilidade de água nas microbacias hidrográficas do estado, além de realizar atividades de educação e conscientização ambiental, tendo como inspiração o espírito olímpico.

Sequestro de carbono - Com a recuperação das áreas de Mata Atlântica e práticas agrícolas sustentáveis, o programa contribui para a imobilização de carbono. Essa característica torna a metodologia de microbacias hidrográficas um modelo para o desenvolvimento limpo da Agricultura. Estudo feito em parceria com a FAO/ONU demonstrou que os gases do efeito estufa emitidos (incluindo a produção de alimentos) são 100% neutralizados pela adoção de práticas sustentáveis, um resultado importante para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Organização comunitária - Capacitação de atores locais para o planejamento e execução das ações de desenvolvimento sustentável, além de assistência técnica para fortalecimento das organizações nas microbacias. Segundo a ONU, o desenvolvimento sustentável requer o engajamento e participação dos grupos sociais.



Secretaria estadual de Agricultura e Pecuária

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